Respeitar para ser respeitado
O professor Camilo Carneiro faz, ao longo do texto que agora publicamos, uma reflexão séria acerca do tema da indisciplina na escola e todos nós deveríamos parar para reflectir acerca de uma preocupação comun a todos os que se interessam com as questões que dizem respeito à Educação.
O texto, dada a dimensão do mesmo, não é aqui publicado na íntegra. De qualquer forma, ele pode ser consultado aqui. No entanto, deixamos um breve excerto para aguçar a curiosidade.
«Iniciei a reflexão sobre este mote enquanto decorria uma aula prática de Instalações Eléctricas de Iluminação.
Ao supervisionar um trabalho prático, chamei à atenção uma aluna pela utilização do telemóvel na sala de aula, ela respondeu-me em tom irritado, como se não entendesse porque a repreendia.
Rapidamente a confrontei com a seguinte afirmação, num tom de voz baixo.
- Senhora “Maria” eu falto-lhe ao respeito?
Ela respondeu-me que não, ao que eu retorqui:
- Então sendo assim, porque me trata desta forma?
Existem nesta situação dois aspectos a salientar:
Primeiro, o tratamento dos alunos por Senhor e por Senhora, independentemente da sua idade, e contexto sócio cultural. Não é ao acaso que o faço. Desta forma pretendo definir bem as fronteiras aluno/professor.
Quase sempre este método, causa estranheza perante os discentes, numa primeira abordagem por se verificar que os alunos nem sempre são assim tratados.
Ao supervisionar um trabalho prático, chamei à atenção uma aluna pela utilização do telemóvel na sala de aula, ela respondeu-me em tom irritado, como se não entendesse porque a repreendia.
Rapidamente a confrontei com a seguinte afirmação, num tom de voz baixo.
- Senhora “Maria” eu falto-lhe ao respeito?
Ela respondeu-me que não, ao que eu retorqui:
- Então sendo assim, porque me trata desta forma?
Existem nesta situação dois aspectos a salientar:
Primeiro, o tratamento dos alunos por Senhor e por Senhora, independentemente da sua idade, e contexto sócio cultural. Não é ao acaso que o faço. Desta forma pretendo definir bem as fronteiras aluno/professor.
Quase sempre este método, causa estranheza perante os discentes, numa primeira abordagem por se verificar que os alunos nem sempre são assim tratados.
Muitas vezes esta forma de tratamento reforça o amadurecimento e responsabilização
dos alunos. Manifestam-se por vezes com as seguintes expressões. “Eu, Senhor(a)!?!?”, “Já
sou Senhor(a)!?!?”, etc.
Por vezes, esta nova realidade pode dar origem à indisciplina. Mas sempre como um episódio momentâneo e de fácil resolução, salientando-se a utilidade e retorno a longo prazo.
Como já foi referido precedentemente, o controlo da voz é importante. Uma voz segura, em tom baixo, manifesta o poder e o controlo por parte do docente. O mesmo deve ser exigido aos alunos.
Desta forma pode e deve-se reivindicar um tratamento similar por parte do estudante.
A quase generalizada expressão “stôr”, utilizada pelo corpo discente, bem como pelos auxiliares de educação, vem reforçar a banalidade no seu emprego.
O docente não se deve cansar de insistir com os alunos, para que estes o tratem por, “Senhor Professor”, “Obrigado, Senhor Professor”, “Se faz favor, Senhor Professor”, etc...
Segundo aspecto a reflectir: a questão do respeito mútuo é de extrema complexidade, pois a aplicação do respeito depende da liberdade.
É do conhecimento geral, que a liberdade de um indivíduo termina quando começa a do outro.»
dos alunos. Manifestam-se por vezes com as seguintes expressões. “Eu, Senhor(a)!?!?”, “Já
sou Senhor(a)!?!?”, etc.
Por vezes, esta nova realidade pode dar origem à indisciplina. Mas sempre como um episódio momentâneo e de fácil resolução, salientando-se a utilidade e retorno a longo prazo.
Como já foi referido precedentemente, o controlo da voz é importante. Uma voz segura, em tom baixo, manifesta o poder e o controlo por parte do docente. O mesmo deve ser exigido aos alunos.
Desta forma pode e deve-se reivindicar um tratamento similar por parte do estudante.
A quase generalizada expressão “stôr”, utilizada pelo corpo discente, bem como pelos auxiliares de educação, vem reforçar a banalidade no seu emprego.
O docente não se deve cansar de insistir com os alunos, para que estes o tratem por, “Senhor Professor”, “Obrigado, Senhor Professor”, “Se faz favor, Senhor Professor”, etc...
Segundo aspecto a reflectir: a questão do respeito mútuo é de extrema complexidade, pois a aplicação do respeito depende da liberdade.
É do conhecimento geral, que a liberdade de um indivíduo termina quando começa a do outro.»
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