Mistério


(continuação)


Rui pediu ajuda ao seu primo Nelson para que fosse com ele ver se encontravam alguma coisa.
Este ficou um pouco desconfiado, porque não sabia se o Rui estava a mentir, mas decidiu ir com ele à casa da Torre e começar a procurar…
Subitamente o Rui deu um grito:
- Encontrei! … Acho que encontrei alguma coisa…
O entusiasmo foi tanto que, naquela noite, não quiseram procurar mais nada. Para além disso, o caseiro, que tivera a sensação de que andava alguém no interior de casa, dirigiu-se para a porta com a sachola numa mão e uma gadanha na outra, fazendo com que ambos se precipitassem rapidamente para o exterior procurando refúgio na escuridão das mimosas que ocultam um velho pombal abandonado.
No dia seguinte, o Rúben e o Rui encontraram-se nas aulas e o Rui mal pôde esperar para lhe contar tudo.
O Rúben ouvia atentamente o que o Rui lhe contava. No final, ficou muito intrigado e quis conhecer melhor o que, de facto, existia na casa da Torre, em S. Cipriano, mesmo correndo o risco de dar de caras com o caseiro.
Combinaram, então, encontrar-se numa sexta-feira à noite e o Rúben diria em casa, como justificação para não regressar nessa noite, que tinha que acabar um trabalho com os colegas – do qual dependeria a nota final do ano – para entregar impreterivelmente na segunda-feira seguinte à Directora de Turma.
Na data estipulada, entraram na casa da Torre e, quase de imediato, encontraram alguns livros que falavam sobre velhos e secretos tesouros. Porém, o Rúben sentia que, naquele espaço, haveriam de encontrar muito mais do que apenas livros. Então, decidiram procurar noutros locais que pudessem ocultar alguma coisa. Após várias horas de busca, e em virtude do cansaço que começava a apoderar-se eles, estando ambos, inclusive, prestes a ponderar a hipótese de desistir, depararam-se com um objecto estranho, mas com um aspecto nobre, afidalgado e precioso. Deram por eles a questionar-se que tipo de objecto seria aquele. A dada altura, o Rúben soltou uma gargalhada enigmática e disse:
- Isto é um punhal do século XVIII, se não estou em erro...

Nesse fim-de-semana, os colegas da turma, que já tinham decidido ajudar, e haviam dividido tarefas para que cada um tentasse descobrir qualquer coisa que ajudasse a resolver este caso, afadigavam-se em perguntas e conversas com os mais idosos das suas freguesias, tentando apurar se alguém ouvira, alguma vez, falar na existência de um eventual tesouro no lugar do Paço, em Resende.
Todos estavam muito confiantes que iam descobrir o tesouro porque o Rúben, o Rui e o Nelson já tinham encontrado indícios plausíveis e, com a turma unida, ia ser mais fácil. Como todos queriam ver o mistério resolvido o mais rápido possível, a motivação era extraordinária pois todos eles aceitaram isto como um desafio e só descansariam quando o resolvessem.


(continua)
Posted on 5/08/2009 12:02:00 da manhã by D.on Eg@s and filed under | 0 Comments »

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