Mistério
Uma vez que a turma era demasiado grande para procurarem juntos no mesmo sítio, acordaram que o melhor era procurarem em grupos pequenos, pois, assim, cada grupo poderia pesquisar na sua terra.
O Micael, que habita na vila de Resende, ficou encarregado de procurar, juntamente com a colega Ana Paula, na Biblioteca Municipal, onde esta vai com alguma frequência. No entanto, ao fim de alguns dias e muitas horas de pesquisa, nada encontraram de significativo.
A Marlene, por seu lado, apesar de ser de Forjães, na freguesia de S. João de Fontoura, pensou que podia procurar informações na Casa Grande de Resende, solar do séc. XVI situado junto ao rio Douro. É um Solar de grandes dimensões, com a sua capela privativa - a capela de S. António – em cuja frontaria, do lado poente, se vê o brasão de armas dos antigos senhores.
Na casa, encontrava-se um tio seu a quem decidiu contar o que e passava no intuito de que ele pudesse dar-lhe alguma informação valiosa. Contudo, o tio disse-lhe que naquele solar não existia nada pois a casa tinha sido vandalizada há alguns anos e tinham roubado ou destruído quase todo o seu recheio.
Insatisfeita com a resposta, a Marlene decidiu vasculhar a casa. Procurou, remexeu, fossou, mas… nada. Então, ligou à sua amiga Andreia para lhe comunicar o que lhe sucedera e para que ela, naquela noite, a ajudasse a procurar nos locais mais sinistros: a adega e a tal capela onde, segundo constava, viveria a alma penada do antigo senhor da casa.
A Andreia ouviu atentamente a história e, no final, não obstante o receio evidenciado, prontificou-se a ajudar na busca.
À noite, sempre com a desculpa dos trabalhos para a escola, lá se esgueiraram ambas para a Casa Grande de Porto de Rei onde julgavam poder encontrar qualquer coisa. Receosas, mas entusiasmadíssimas, aventuraram-se primeiro pela adega e, como não tivessem encontrado nada, encheram-se de coragem para não ligar aos inúmeros ruídos que se avolumavam pela casa e entraram na capela de S. António.
Era uma capela devoluta mas evidenciando sinais de ter sido um local de grande importância para as pessoas do vetusto solar.
Enquanto procuravam com recursos às suas velhas lanternas e com a ajuda da luz do telemóvel, sem se aperceberem, separam-se. E quando a Andreia gritou - Encontrei, encontrei alguma coisa! – a Marlene julgou que o coração lhe saltava da boca. Com as pernas bamboleantes, aproximou-se da Andreia que apontava para uma fresta na parede que terá sido a que suportou o altar-mor. – Encontrei um mapa! – insistia a Andreia, à medida que desdobrava um velho mapa que, de acordo com os seus débeis conhecimentos em cartografia, poderia muito bem ser um mapa do famigerado tesouro. Porém, o dia seguinte principiaria com uma desilusão: o tio da Marlene, quando confrontado com o velho mapa, explicou que se tratava simplesmente de um antigo mapa do rio Douro e das suas margens para aqueles que, por altura das vindimas, “cavalgavam” arrojadamente as suas águas em frágeis barcos rabelos.
Desapontadas com a novidade, contaram aos colegas o sucedido e, como se tratava apenas de mais uma pista falsa, a Cátia convenceu a sua amiga Cláudia para, também elas, procurarem na Igreja Românica de Barrô, erigida no século XIII, que possui um tecto forrado com caixotões barrocos, uma imagem de Nossa Senhora da Assunção de Borrô e as esculturas de Nossa Senhora da Piedade e de Nossa Senhora com o Menino.
O Micael, que habita na vila de Resende, ficou encarregado de procurar, juntamente com a colega Ana Paula, na Biblioteca Municipal, onde esta vai com alguma frequência. No entanto, ao fim de alguns dias e muitas horas de pesquisa, nada encontraram de significativo.
A Marlene, por seu lado, apesar de ser de Forjães, na freguesia de S. João de Fontoura, pensou que podia procurar informações na Casa Grande de Resende, solar do séc. XVI situado junto ao rio Douro. É um Solar de grandes dimensões, com a sua capela privativa - a capela de S. António – em cuja frontaria, do lado poente, se vê o brasão de armas dos antigos senhores.
Na casa, encontrava-se um tio seu a quem decidiu contar o que e passava no intuito de que ele pudesse dar-lhe alguma informação valiosa. Contudo, o tio disse-lhe que naquele solar não existia nada pois a casa tinha sido vandalizada há alguns anos e tinham roubado ou destruído quase todo o seu recheio.
Insatisfeita com a resposta, a Marlene decidiu vasculhar a casa. Procurou, remexeu, fossou, mas… nada. Então, ligou à sua amiga Andreia para lhe comunicar o que lhe sucedera e para que ela, naquela noite, a ajudasse a procurar nos locais mais sinistros: a adega e a tal capela onde, segundo constava, viveria a alma penada do antigo senhor da casa.
A Andreia ouviu atentamente a história e, no final, não obstante o receio evidenciado, prontificou-se a ajudar na busca.
À noite, sempre com a desculpa dos trabalhos para a escola, lá se esgueiraram ambas para a Casa Grande de Porto de Rei onde julgavam poder encontrar qualquer coisa. Receosas, mas entusiasmadíssimas, aventuraram-se primeiro pela adega e, como não tivessem encontrado nada, encheram-se de coragem para não ligar aos inúmeros ruídos que se avolumavam pela casa e entraram na capela de S. António.
Era uma capela devoluta mas evidenciando sinais de ter sido um local de grande importância para as pessoas do vetusto solar.
Enquanto procuravam com recursos às suas velhas lanternas e com a ajuda da luz do telemóvel, sem se aperceberem, separam-se. E quando a Andreia gritou - Encontrei, encontrei alguma coisa! – a Marlene julgou que o coração lhe saltava da boca. Com as pernas bamboleantes, aproximou-se da Andreia que apontava para uma fresta na parede que terá sido a que suportou o altar-mor. – Encontrei um mapa! – insistia a Andreia, à medida que desdobrava um velho mapa que, de acordo com os seus débeis conhecimentos em cartografia, poderia muito bem ser um mapa do famigerado tesouro. Porém, o dia seguinte principiaria com uma desilusão: o tio da Marlene, quando confrontado com o velho mapa, explicou que se tratava simplesmente de um antigo mapa do rio Douro e das suas margens para aqueles que, por altura das vindimas, “cavalgavam” arrojadamente as suas águas em frágeis barcos rabelos.
Desapontadas com a novidade, contaram aos colegas o sucedido e, como se tratava apenas de mais uma pista falsa, a Cátia convenceu a sua amiga Cláudia para, também elas, procurarem na Igreja Românica de Barrô, erigida no século XIII, que possui um tecto forrado com caixotões barrocos, uma imagem de Nossa Senhora da Assunção de Borrô e as esculturas de Nossa Senhora da Piedade e de Nossa Senhora com o Menino.
(continua)