Parlamento dos Jovens

O aluno Bruno Trindade, do 9º C, fez-nos chegar este texto sobre o concurso «Parlamento dos Jovens» disputado na nossa escola:

A professora Delfina fez uma proposta às turmas do 9º ano da escola ES/3,D.Egas Moniz Resende para se candidatarem ao Parlamento dos Jovens. Surgiram 4 turmas do básico e uma do secundário a participar. As listas do básico foram as listas A, B, C e D e do secundário foi a lista E. Houve, depois, uma votação das propostas apresentadas pelas listas do secundário e do básico e a lista vencedora foi a lista C, do básico. Houve também um debate para se proceder à escolha os três candidatos para irem defender a escola ES/3D.Egas Moniz de Resende a Viseu. Os temas apresentados pelas listas foram a Alimentação e a Saúde e a Trabalho Comunitário.
Nos dias 23 e 24 de Março decorrerão as provas distritais em local a designar brevemente.
Posted on 2/18/2009 12:48:00 da manhã by D.on Eg@s and filed under | 0 Comments »

MUITO PREOCUPANTE

Cientistas espanhóis testemunham efeitos do aquecimento global
Enorme placa de gelo desprende-se na Antárctica
17.02.2009 - 21h29 PÚBLICO
Um bloco de gelo com cerca de 14 mil metros quadrados desprendeu-se da plataforma de Wilkins, na Antárctida, revelaram cientistas espanhóis que se encontram na região a estudar os efeitos do aquecimento global.

Segundo a edição online do diário "El Mundo", os investigadores referem que o bloco, com duas vezes o tamanho do País Basco, está a fender e um quarto da superfície total já colapsou, dando origem a enormes icebergs, agora à deriva no mar de Belinghausen, a oeste da península Antárctica.

Em declarações ao PÚBLICO por email, Carlos Duarte cientista a bordo do navio de expedição oceanográfica “Hespérides”, explicou que a campanha espanhola testemunhou também durante as últimas três semanas um recuo de 500 quilómetros na camada de gelo que cobre o mar naquele sector do Antárctida.

O cientista espanhol explica que, depois do degelo sem precedentes registado no ano passado, o actual Verão austral “está a ser muito quente” e a dar lugar a preocupantes desprendimentos. “Estamos a viver estes acontecimentos na primeira pessoa e não podemos ficar impávidos perante o que estamos a ver. As alterações climáticas são um problema sério, que parece estará a acelerar e em relação ao qual temos de actuar sem demora”.
Posted on 2/18/2009 12:14:00 da manhã by D.on Eg@s and filed under | 0 Comments »

Camões


O nosso aluno Pedro Felgueiras voltou a surpreender-nos com uma contribuição para a compreensão d'«Os Lusíadas» ao efectuar, com grande mestria, um retrato do Poeta, que reproduzimos em cima. Bom trabalho Pedro!
Posted on 2/17/2009 11:37:00 da tarde by D.on Eg@s and filed under | 0 Comments »

Concurso da Fundação Calouste Gulbenkian - "Darwin regressa às Galápagos"

Caro Charles Darwin,

Antes de mais, quero felicitá-lo pelo trabalho que tem desenvolvido no seu percurso, em especial durante a sua viagem abordo do navio Beagle, com ponto alto na sua passagem pelas ilhas Galápagos. Sou um grande admirador, como tal, tento sempre informar-me sobre as suas novas teorias, informar-me sobre o seu trabalho. Assim sendo, descobri que está a pensar fazer uma nova jornada às ilhas Galápagos e que pretende levar consigo um jovem assistente, um naturalista. Deste modo, eu gostaria de me propor a esse lugar por preencher na sua equipa, e pretendo dar-lhe razões para me deixar fazer parte da sua equipa.

Em primeiro lugar, posso afirmar que tal como o senhor, eu sou um apaixonado pela natureza. Desde cedo comecei a interessar-me pela natureza e pelas ciências. Talvez devido à estabilidade económica que os meus pais me podem dar, em todos os tempos livres me dirigia ao campo e procurava descobrir novos animais, ou procurava encontrar um animal em específico, que por qualquer razão me tinha despertado o interesse. Lembro-me especialmente do dia, e que na tenra idade de 6 anos, fui para uma floresta procurar aquele que é conhecido entre o povo por perdiz-vermelha (Alectoris rufa), uma pequena ave que não voa. Intrigado por esta ave não voar, após várias observações deste animal e de outras aves da espécie Gallus gallus domesticus (galinha) como a galinha, percebi que apesar de terem asas, esta eram demasiado pequenas para conseguir fazer levantar voo um animal com o seu peso.

Em segundo lugar eu adoro viajar, conhecer novos locais, ver formas de vida diferentes. Mais uma vez a estabilidade financeira que me é proporcionada pelos meus pais permitiu-me fazer as minhas mini expedições nos arredores da minha terra, sempre com um bloco de notas na mão pronto a escrever qualquer coisa estranha ou possível teoria que me passe pela cabeça. Também já tive a oportunidade de viajar pelo meu país e conhecer países próximos. Sou uma pessoa bastante informada sobre a geografia. Leio bastante acerca da história e geografia natural. Tenho uma colecção de rochas e minerais, que vou completando com exemplares novos que vou encontrando nas minhas viagens, e catalogo todas, na esperança de encontrar alguma que ainda não tenha sido, digamos “descoberta”.

Sou uma pessoa bastante interessada pelas ciências como a matemática e a química. Tenho um laboratório improvisado em casa, e vou fazendo as minhas pequenas experiências de química, não muito avançadas, mas que me têm permitido tirar algumas conclusões e adquirir novos conhecimentos. Tenho alguns livros sobre química, biologia e geologia. Sou bastante interessado por estes 3 temas, e como tal adoraria fazer parte da sua equipa, não só por isto, mas por também o admirar muito.

Eu entendo que é com a experiência e observação dos animais no seu habitat natural que conseguiremos tirar conclusões acerca deste e do ambiente que os rodeia. Penso que a observação é fundamental, e não vejo sítio melhor que as Galápagos. A diversidade biológica é estonteante, e se o senhor ficou impressionado ao chegar a esse arquipélago pela grande variedade de formas de vida que encontrou, muito mais impressionado ficará um mero jovem aspirante a “biólogo” como eu. Penso que Charles Darwin utilizou de forma brilhante as potencialidades biológicas deste arquipélago, mas se me permite, e sem querer desrespeitar o seu trabalho que aliás admiro profundamente, penso que ainda há muitas coisas que ficaram por explicar. Penso que as ilhas Galápagos têm muito mais potencial em termos da história natural do que o que foi aproveitado por si e pela sua equipa.

Como admirador e seguidor do seu trabalho, tive acesso a livros seus, que foram lançados A viagem a bordo do beagle e a origem das espécies. Este último defende a sua teoria da selecção universal. Concordo com esta teoria e penso que a fundamentou extremamente bem. Os seres evoluem com o tempo como forma a adaptarem-se às condições que têm de enfrentar, sendo que só os mais fortes prevalecem. Assim sendo, esses mais fortes vão reproduzir-se e originar descendência com as mesmas características. É aqui que eu acho que algo ficou por explicar. Sendo que consideramos que todos os animais descendem de um antepassado comum e que são resultado da evolução desse antepassado, tem de haver qualquer coisa que faça com que essa evolução se processe. Por exemplo consideremos um pássaro ancestral que deu origem a por exemplo papagaios e catatuas. Temos que admitir que há características comuns a estes 2 animais (ambos têm asas, bico…) mas também há características que os definem. E a minha questão é: o que é que dita essas características? O que é que faz com que animais com antepassados comum sejam tão diferentes? Sim, é a evolução, mas tem de haver algo que registe essa evolução, que registe essas novas características, se não correríamos o risco de um animal considerado forte originasse descendência mais fraca que ele. É aí que eu penso que as Galápagos devem ser mais exploradas. Procurar descobrir o que dita essas características. Podemos pegar no exemplo do homem: como é que por exemplo, é possível pais com os olhos escuros terem filhos com os olhos azuis? O que é que faz com que isto aconteça? Tem que haver algo em todos os animais que dite essas características e que se actualize conforme as evoluções que as espécies vão sofrendo ao longo do tempo. Assim sendo, penso que deveríamos procurar desvendar este mistério com observações de animais com características comuns, talvez por dissecação de alguns, observação ampliada das suas células…

Assim sendo, espero que considere a minha proposta e ficaria eternamente grato e muito entusiasmado com a possibilidade de estar presente nesta sua nova expedição. Continuação de bom trabalho.

Com os melhores cumprimentos.



Nome: Pedro Leonel Frias Couraça Carvalho de Almeida

Posted on 2/17/2009 11:27:00 da tarde by D.on Eg@s and filed under | 0 Comments »

Concurso da Fundação Calouste Gulbenkian - "Darwin regressa às Galápagos"

Quando esta oportunidade surgiu fiquei deveras entusiasmada. Pensei que estava a sonhar, que ia acordar a qualquer momento, só poderia ser a minha fértil imaginação a funcionar. Como seria possível ter possibilidade de participar numa descoberta das Galápagos, com o próprio Darwin, onde investigando os mais ínfimos pormenores que estas ilhas nos disponibilizam podemos ter ao nosso alcance conhecer o “mistério dos mistérios”.
Quando tinha tempos livres, o que já não acontece frequentemente, costumava ocupá-los procurando animais que nunca tinha visto e plantas que pudessem ser usadas para alimento desses animais, podendo depois examiná-los. Fazia autópsias muito rudimentares que escandalizavam a minha mãe.
Uma vez, com outra amiga, fiz uma expedição num afluente do rio Douro. É claro que sendo escuteiras decidimos pôr à prova o nosso espírito de aventura e destreza física, decidimos subir o rio. Por entre pedregulhos e pequenas rochas, saltitando de uma margem para a outra descobrimos espécimes de plantas que nunca tínhamos visto. Como é óbvio esses exemplares já eram mais que conhecidos pela comunidade científica. No entanto, decidimos recolher amostras e fotografias, no caso de perdermos algum desses exemplares para posteriormente organizarmos um catálogo com nomes científicos inventados por nós (que em latim são sublimes). Espero que não o considere uma afronta a Lineu... Se dependesse de mim passaria a vida inteira em autênticas jornadas rodeada de fauna e flora admiráveis onde pudesse desvendar os segredos bem escondidos da natureza que nos rodeia.
Se pudesse ser sua assistente ocuparia cada segundo a fazer o melhor trabalho possível e desfrutaria cada instante pois, estaria a fazer aquilo que realmente me realiza.
Na sua primeira viagem, sei que sofreu do grave problema de que alguns padecem, o enjoo, e outras doenças associadas ao foro psicológico provocadas pela controvérsia que a sua teoria causou. Também viu confirmada a sua conjectura, que não há justificação moral para desrespeitar outros homens só por possuírem outra cor de pele e outras características físicas. Através da observação da escravidão e dos horrores sofridos pelos nativos em terras colonizadas por ingleses passou a acreditar que a humanidade não se encontra tão distante dos outros animais como dizia o clero.
Na sua teoria da Evolução de Espécies por Selecção Natural, pretendia mostrar que pequenas diferenças, aleatórias e hereditárias entre vários indivíduos resultam em possibilidades diferentes de sobrevivência e reprodução: sucesso para uns, morte sem descendência para outros. Esta eliminação selectiva natural conduz a mudanças significativas na forma, dimensão, defesa, cor, bioquímica e comportamento dos respectivos descendentes. O crescimento excessivo da população é responsável pela luta competitiva o que leva ao desaparecimento dos mais fracos e o prevalecimento dos mais fortes, com as características mais adequadas a uma melhor sobrevivência. Por vezes, as alterações genéticas acumulam-se num segmento isolado da espécie, não se generalizam. À medida que essa população isolada se adapta às respectivas condições locais pouco a pouco vai seguindo o seu próprio caminho ocupando um novo recanto ecológico. Num certo ponto estes novos elementos passam a ser completamente distintos dos indivíduos da espécie que lhe deram origem, não sendo capazes de se cruzarem, onde antes havia apenas uma espécie passam a persistir duas, tendo-lhe chamado “princípio da divergência”. Este fenómeno foi realmente muito importante para explicar a diversidade global da vida e a adaptação das espécies individuais. Descobriu nas Galápagos o seu “laboratório natural” onde pôde estudar e deslindar argumentos a favor da sua teoria. Ela explica como as espécies mudam, bem como a extinção e o surgimento de novas espécies.
Nas Galápagos, encontrou um “pequeno mundo” que resume o que se passa no nosso planeta. Foi-lhe permitido fazer uma analogia, na medida em que nas ilhas existiam contrastes maravilhosos que lhe davam indícios para mais tarde formar a teoria da evolução de espécies.
Neste arquipélago do Oceano Pacífico, banhado por águas quentes do Oeste e frias do Sul há uma enorme diversidade biológica, uma curiosa miscelânea de formas tropicais e do árctico.
O senhor verificou ao observar atentamente as espécies, que embora o clima, a vegetação e a fauna fossem parecidos, de ilha para ilha, existiam grandes diferenças entre elas. Cada espécie tinha características próprias da região. O mesmo acontecia em espécies separadas pelo tempo, como demonstram os fósseis.
Sei que colocou em causa o facto de factores, como as diferenças de ambiente e de disponibilidade de alimentos, associadas ao isolamento geográfico durante muitas gerações, poderem determinar hábitos, porte e a anatomia das várias espécies. Continuando com a sua pesquisa, concluiu que a luta pela sobrevivência teria tido grande influência na evolução das espécies. Na realidade a luta é entre diferentes indivíduos da mesma espécie que competem por recursos do mesmo nicho ecológico.
Nesta segunda viagem poderíamos continuar o trabalho que alguns cientistas já começaram a desenvolver no âmbito do aumento de velocidade de selecção natural das espécies e a sua relação com as alterações climáticas a que a Terra tem sido sujeita nestes últimos anos. Poderíamos procurar soluções para manter o equilíbrio do nosso planeta coordenando-as com a comparação das novas espécies que evoluíram desde a sua primeira estada no arquipélago e as que existem agora Construir um catálogo evolutivo mais fácil de consultar, com todos os dados disponíveis, sobre as espécies observadas, para que elas não se percam no tempo, no caso de não existirem condições adequadas à formação de fósseis. Poderia ser mais uma prova aceite pela comunidade científica para desmistificar algum pormenor ainda menos aceite pelos cépticos.
Espero estar à altura de poder participar nesta viagem de descoberta.
Cristiana
Posted on 2/17/2009 01:24:00 da tarde by D.on Eg@s and filed under | 0 Comments »

Concurso da Fundação Calouste Gulbenkian - "Darwin regressa às Galápagos"

Resende, Dezembro de 2008
Mr Darwin,
Os meus pais e educadores sempre me ensinaram a lutar pelos sonhos, a vencer os obstáculos e a provar-me que sou capaz, não só de lutar como de os alcançar. Claro que o sonhar é relativo, assim como tudo na vida… Agora, surgiu esta oportunidade, de manter contacto com um mestre da ciência, da curiosidade e da descoberta e de partir com ele numa aventura científica.
Diz a sabedoria popular que “ a curiosidade matou o gato”, porém tem sido o carácter curioso o verdadeiro mapa da descoberta. E nesse campo pode dizer-se ou que eu teria um grande potencial suicida de fizesse parte da família dos Felídeos, ou então que poderia considerar-me uma pirata da ciência, considerando a mitologia de que os piratas possuem os mapas mais importantes.
A biologia e a geologia são as disciplinas que mais curiosidade me despertam, com sinceridade digo que não acho muita graça a decorar mecanismos e artimanhas do mundo natural, mas sim, é com agrado e interesse que procuro compreende-los. Vivo numa pequena vila em cuja paisagem o verde predomina. São os pássaros e os galos que com minha mãe me acordam. E é logo pelo amanhecer, que começam as perguntas, abro a janela e deparo-me com dois animais distintos a darem-me os bons dias. São distintos, o galo e o pássaro, porém ambos possuem semelhanças surgindo questões como: Porque possuem ambos asas, e no entanto o galo não voa?
Atenta e curiosa, desde pequena tento imaginar respostas às minhas perguntas, mesmo parecendo tontas para alguns. Aprendi que perguntar não só, não ofende como também não é sinónimo de ignorância. Se for o caso de me escolher como seu discípulo espero que não o torturar com perguntas que me levem a tentar compreender a sua teoria com mais profundidade.
O meu espírito é de viajante, não aprecio rotinas e gosto de mudanças, viajar, conhecer, explorar novos lugares e ambientes, aprender novas línguas e culturas. O sonho de dar uma volta ao mundo guardava-o para mais tarde, porém a oportunidade de embarcar nesta viagem torna-o bastante mais real. Afirmo isto pois, as Galápagos são uma maqueta dos diferentes meios presentes no nosso globo, com uma incrível historicidade e variedade de fauna e flora. Quem conhece este arquipélago consegue, fazer uma pequena visita ao “nosso pequeno mundo”e compreender a sua evolução. Para além disso, é possível encontrar nas diferentes ilhas as Tartarugas - das - Galápagos, que ainda existem desde que ocorreu a primeira visita a bordo do Beagle, em que foi possível analisar as diferenças das carapaças em conformidade com as alterações do meio.
Sou católica praticante e quando os meus educadores familiares e escolares me abordaram o assunto da evolução, falando sobre a sua teoria, nunca a considerei um obstáculo às minhas crenças e à minha fé. Isto, porque sempre considerei que o Livro do Génesis da Bíblia, aquando da passagem sobre a criação, se trata de uma metáfora, uma alegoria, em que Adão e Eva representam os primeiros Homens criados pelo Criador.
Penso, que em primeiro lugar é imprescindível explicar à comunidade que é crucial a distinção da ciência e da religião. É necessário explicar que o próprio Mr Darwin considera a hipótese da existência de um criador.
Já tive a oportunidade de discutir o assunto da evolução com representantes eclesiásticos de diferentes idades e é compreensível a divergência de opiniões em conformidade com a idade que implica uma diferente capacidade de adaptação à nova informação que provém da fonte científica…
Em segundo lugar, acho que era importante, nesta viagem, rever o passado. Fazer uma lista das espécies que encontrou na sua primeira exploração e tentar encontrar vestígios delas, ou de transformações, mutações que poderiam ter acompanhado toda a alteração do nosso planeta, pelo qual ainda tentamos lutar.
Foi com bastante interesse que analisei a sua pesquisa e argumentos que suportaram a tese e uma das coisas mais marcantes, na minha opinião, foi: “toda a parte de uma nova característica adquirida é colocada em prática e aperfeiçoada". Com base nesta sua citação, analisaríamos plantas e animais para salientar a ideia que as alterações morfológicas tendem a serem positivas como meio de lutar pela sobrevivência permanecendo a lei do mais forte.
É certo que estou numa competição com outros amantes da Natureza, que milhares de outros amadores estão neste momento a escrever-lhe com o mesmo intuito que eu, realizar o sonho de estar com o Doutor, partilhar a seu lado esta febre, esta vontade de ver ao vivo e a cores a mudança das nossas vidas, o nosso rumo, as nossas tendências, nossas e de toda a Vida que nos rodeia.
Só o facto de poder dizer a Mr Darwin como aprecio todo o seu trabalho, toda a sua perspicácia… De pôr a hipótese de poder partilhar toda esta vontade de conhecer, de descobrir, de aprender com um sábio, torna toda esta carta mais fonte de entusiasmo e de vontade de partir hoje mesmo nesta aventura!
Sempre foi alvo de fascínio da minha parte como todos nós somos tão diferentes, como se cruzaram raças e culturas, como o forte origina um mais forte e como o mais fraco tende a perder-se, sempre me fascinou a luta pela sobrevivência. Não possuo nenhum laboratório em casa, e não armazeno plantas e animais para investigação como o Doutor… Também não fui a Cambridge para aprender botânica mas sim, apenas para desenvolver o inglês… Mas, tenho esperança que tudo o que tenho aprendido seja para desenvolver ainda mais o conhecimento, porque nós seres Humanos temos mesmo necessidade de querer saber o porquê de tudo, de conseguir conquistar a novidade, o diferente, o saber.
Pedia-lhe que tomasse em atenção esta minha vontade de me tornar sua assistente, de aprender com vossa excelência toda essa sua capacidade de se interrogar, investigar e conseguir alcançar a descoberta.
Com os melhores cumprimentos,
Ana Carvalho
Posted on 2/17/2009 01:22:00 da tarde by D.on Eg@s and filed under | 0 Comments »

Concurso da Fundação Calouste Gulbenkian - "Darwin regressa às Galápagos"

Os alunos do 11º ano da nossa escola realizaram alguns trabalhos para o concurso em epígrafe, os quais passamos a reproduzir. Não obstante a boa qualidade de todos os textos, chamamos a atenção, em particular, para a originalidade e riqueza literária e vocabular do texto da professora Rita Meireles que a seguir reproduzimos. Parabéns a todos.

«Cada vida é um céu estrelado de outras vidas!... Na viagem da nossa vida entrelaçam-se alguns milhares de pequenas vidas… Profissionalmente, cerca de uma centena, ano após ano, invade-nos sorrateiramente, impõem as suas impressões digitais inconscientemente na nossa vida e ausentam-se… Este afastamento perturbante é amargurado pela saudade, que o tempo apaziguará com novos ingressos. Muito poucos estudantes remanescem para sempre nesta jornada. Escassamente, alguns sorriem e reconhecem as engelhas com que as páginas do tempo nos presenteiam, quando os nossos caminhos se voltam a cruzar. Como é gratificante quando este reencontro acontece e escutamos o nosso nome acompanhado de palavras circunstanciais, simpáticas, carinhosas, reconhecidas…Da rotina do início de um novo ano faz parte integrante o nervoso miudinho, o friozinho no estômago apertado do primeiro encontro, do primeiro impacto, do primeiro julgamento sumário.
Chegam até nós, pequenas plântulas resultantes da germinação de minúsculas sementes delicadas de espécimes raros a proteger e preservar. Transformar-se-ão em árvores de grande porte se o nosso desejo se cumprir. A nós cabe-nos acompanhar este difícil processo de transformação. Dos primórdios foliares esperamos ver brotar ramos robustos e imponentes. Tentamos auxiliar, minimizar, simplificar a complexidade, a violência das modificações. Vamos podando os tenros raminhos, enxertando variedades mais resistentes, regando cuidadosamente para não afectar a parte aérea, conduzindo a água e sais minerais às suas sequiosas raízes. Estes ingredientes, água e minerais, cumulativamente com a luz e o oxigénio serão transformados na sua própria matéria, no seu próprio ser.
Não podemos chamar a nós a total responsabilidade do sucesso do processo. A absorção, captação, assimilação dos elementos está inteiramente a seu cargo, dependente da sua vontade e fora do nosso alcance.
Lenta e progressivamente, é necessário retirar a campânula protectora e isoladora que os envolve, quando se abeiram de nós. É forçoso permitir as agressões do meio externo. Esforçamo-nos por as amenizar mas, temos que cumprir o programado… Estudamos, pesquisamos, investigamos, experimentamos de modo a serenar as mudanças…
Após a climatização, outra nova etapa se impõe: abandonar o meio artificial e nutritivo onde se encontram as suas delicadas raízes, e cobri-las com húmus antes de terminarmos com um solo mais arenoso, que obriga as raízes a afundarem-se e resistirem ao impacto físico destas novas condições, tantas vezes adversas e hostis.
Continuamos a nossa missão: podando para fortificar, regando para crescer e afastando todas as vicissitudes que poderão pôr em causa o futuro das nossas árvores.
Tentamos criar guias fortes para os seus ramos e conduzi-los o mais rápida e eficazmente em direcção à luz, afastando-os das trevas o máximo permitido. Não omitimos as trevas, é fulcral mostrar que existem e ter contacto com elas para que se aprecie verdadeiramente a luz e se conheçam as suas potencialidades. Pretendemos que se adaptem ao ambiente, criando condições para a aquisição e desenvolvimento de conhecimentos, valores fundamentais e atitudes favoráveis a esta integração.
Partilhamos responsabilidade com as gerações futuras. Compete-nos prepará-los para a sua vida adulta, facultando-lhes mais-valias para a sua sobrevivência num planeta em constante evolução.
Devemos manter um sistema aberto à imprevisibilidade e às permanentes mutações socioculturais e económicas que nascem da massificação do mundo dito moderno. Não nos limitamos a uma comunicação unilateral, temos um papel activo, criativo, motivador e estimulante, implementando um ambiente de cooperação em que juntos temos participação efectiva. Preocupa-nos a promoção da autonomia na resolução de problemas, no levantamento de hipóteses, na investigação… Confrontamos os alunos face a questões que envolvam experimentação, suscitando a curiosidade, o interesse e motivando o seu envolvimento. Devemos ser inovadores, dinâmicos, comunicativos, críticos, carismáticos, observadores, apresentar constantemente desafios, provocar a inspiração e exigir sempre mais e melhor. Com os nossos protegidos partilhamos êxitos, imperfeições e decepções.
Frustrantemente, a nossa intervenção não é tão determinante como ambicionámos e existe todo um património genético, todo um conjunto de variáveis influentes incontroláveis que, por mais que se guiem os ramos, se podem, se enxertem não conseguimos o pretendido. As folhas amarelecem, as flores rareiam, os frutos são raros e os ramos franzinos. Não desistimos, persistimos na nossa luta, voltamos a estudar novos métodos, novos instrumentos, actualizamos conhecimentos, modificamos e corrigimos actuações, buscando sempre o fortalecimento da nossa arvorezinha.
A nossa realização passa por vermos as nossas plantinhas, a quem nos dedicamos muitas vezes mais que aos nossos entes, autonomamente capazes de florescer e frutificar.»
Posted on 2/17/2009 01:14:00 da tarde by D.on Eg@s and filed under | 0 Comments »

A IMPORTÂNCIA DE POUPAR ÁGUA


O Bruno, aluno do 9º C nossa escola, demonstra, no texto que se segue, algumas preocupações que devem ser comuns a todos nós.

Apesar de, nos últimos tempos, se ter registado uma pluviosidade significativa,  a falta de água deve ser uma preocupação de cada ser humano e os cuidados para evitar o seu desperdício devem ser uma constante no nosso dia-a-dia.

Por isso, ficam alguns conselhos bastante úteis para que no futuro não haja uma guerra planetária pela luta deste bem essencial.

«Nós, seres humanos, devemos poupar a água, porque é um bem essencial para a saúde e para a nossa alimentação. 

Se pouparmos a água, damos amor à vida e ao nosso futuro. 
Se em cada um de nós houver uma mudança de atitude no dia-a-dia, evitando o gasto de muita água, saberemos que mantemos o mundo vivo. 
Se cada um de nós mantiver menos tempo as torneiras abertas, poupamos por dia 50%da água necessária.
Devemos apenas consumir a quantidade de água que realmente necessitamos nas actividades diárias. 
Algumas dicas para poupar a água:
__ Devemos lavar os dentes com um copo de água e não deixar a torneira aberta.
__ Quando tomarmos banho, devemos desligar a água enquanto nos ensaboamos. 
__ Se o autoclismo estiver a perder água, mande logo arranjá-lo. 
__ Se estiver um cano rebentado, chame logo o canalizador. 

__ Ponham a máquina de lavar roupa a funcionar apenas com a carga máxima.»

 POUPEM ÁGUA!

 Bruno TrindadeNº5- 9ºC


Posted on 2/02/2009 01:23:00 da manhã by D.on Eg@s and filed under | 1 Comments »